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ALTO PREÇO DO ARROZ: CONFIRA INFORMAÇÕES SOBRE O MERCADO ATUAL

23 de setembro de 2020

Na mesma temporada  em que o alto preço do arroz repercute em todo o Brasil, relatórios de dados como o Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) voltam a repercutir e apontar alguns fatores ligados a mudança de preços. A análise de alguns desses dados ajuda tanto a entender o motivo dessa alta, que já ocorria há alguns meses, como também alguns desdobramentos que podem resultar disso nos próximos meses.

Segundo vários economistas e profissionais da área, o preço do produto à venda em supermercados seria só uma parte do processo, que impacta também agricultores e toda uma cadeia de profissionais relacionadas ao produto.

Segundo informações do IBGE, o preço dos alimentos foi destaque para a alta de 0,24% inflação oficial do país, notada já desde agosto. Durante a primeira metade do mês de setembro, dois produtos chamam maior atenção no crescimento dos preços: o óleo de soja (que subiu mais de 18,5%) e o arroz cuja valorização chegou a 19,2% no mesmo período.

Alguns fatores explicam essa alta do produto. Por exemplo, esse encarecimento do arroz começou já há algum tempo. De acordo com informações da Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz), o produto adquirido pelos produtores das indústrias ficou 30% mais caro já em agosto. 

A alta da cultivar, também está ligada à valorização do dólar – que oscilava na faixa de R$ 5,50 até o último dia 22 de setembro –  o que encarece bastante as exportações mais lucrativas para os os produtores.

Uma informação importante também, é que, a safra de arroz neste ano caiu, ao mesmo tempo em que a procura no país pelo produto cresceu durante a pandemia do Novo Coronavírus. Por ser um produto tipicamente apreciado por famílias, seu consumo aumentou consideravelmente já desde o mês de março.

Com o Dólar muito valorizado em relação ao Real, a venda ao exterior se torna uma forte concorrente da indústria brasileira pela compra de produtos do campo. O mercado, por sua vez, reagiu às mudanças.

Enquanto as exportações totais do Brasil caíram 6,8% nos últimos 12 meses (até julho), o agronegócio vendeu 3,8% mais, segundo o Ministério da Agricultura. A participação do setor na balança comercial do período subiu de 42,3% para 47,1%. A China responde por mais de 30% das compras. 

E para os produtores?
O arroz é um dos cereais mais consumidos do mundo, inclusive, por públicos de diversos continentes. Dados da safra mais recente 2018/2019 mostram que o consumo até então foi de 494 milhões de toneladas. Atualmente, o Brasil é o 11º produtor mundial da cultivar.

Algo raro irá acontecer, o Brasil terá que importar o produto – algo que ocorreu pouquíssimas vezes na história. Segundo reportagem publicada pelo portal G1, a cota de importação deve garantir um período curto de tempo, mas, pode ajudar a controlar temporariamente os preços.

Em 2019, o País colheu 12 milhões de toneladas, mas, os preços relativamente desvantajosos dos anos anteriores e a seca (de 2020) levaram à redução da área plantada – na mesma época, muitos produtores migraram para a soja – e a safra baixou para 10,4 milhões de toneladas.

Além da produção menor, a situação cambial estimulou a exportação de arroz industrializado para o México. No início da colheita, o produtor recebia R$ 45,00 pela saca de 50 kg, preço que evoluiu para R$ 100,00/saca. Entretanto, o mercado externo pagou melhor, razão pela qual o arroz brasileiro foi para o mercado mundial.

Na semana que antecedeu o feriado da Independência,  o setor se reuniu para discutir a Tarifa Externa Comum (TEC) do arroz, que implica a cobrança de uma taxa de 16% sobre o arroz importado do Mercosul. Mas o comitê que decide a questão, composto por produtores, indústria, cooperativas e governo, barrou a medida, com 16 votos contrários, seis favoráveis e uma abstenção.

O mercado, produtores e sobretudo consumidores em todo o Brasil aguardam hoje novos desdobramentos sobre o preço. A menos que novas medidas e subsídios sejam dados, o preço deve crescer ainda até o final do ano. Com a chegada da primavera, altas temperaturas e a diminuição de chuvas, a água deve ser outro fator que irá impactar nas colheitas.

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