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Culturas consorciadas: entenda como esse sistema favorece os seus resultados

9 de agosto de 2021

Culturas consorciadas e suas vantagens para os resultados em campo! O consórcio de culturas, muito usado em sistemas de plantio direto (SPD), é uma técnica comum na agricultura, usada sempre que há necessidade de maximizar o uso de um espaço por meio do cultivo simultâneo em uma mesma temporada.

Esta técnica permite que duas ou mais espécies de diferentes características sejam produzidas em paralelo, mantendo o cronograma de semeadura e manejo de cada uma. As plantas podem ser semeadas ou plantadas juntas  ou terem a época de implantação levemente defasada, mas compartilhando os mesmos recursos ambientais durante grande parte de seus ciclos (reprodutivo, vegetativo, etc). Esta associação leva a forte interatividade entre as espécies consorciadas, assim como, melhor integração delas para o ambiente.

Benefícios da consorciação
Essa técnica é interessante especialmente quando se quer maximizar o aproveitamento da água disponível no solo, tornando-se muito usada em regiões do Brasil onde, ao longo do ano, ocorrem períodos distintos. Parte integrante do sistema Plantio Direto (SPD), a consorciação de culturas, além de proporcionar uma série de outros benefícios, como o auxílio no controle de plantas daninhas, promove excelente cobertura viva e morta do solo, durante o maior período de tempo possível.

Há alguns tipos de associação que são mais comuns para produtores rurais. Por exemplo, a mandioca é importante como cultura consorte/associada, devido ao seu ciclo vegetativo longo, crescimento inicial lento, variedades com hábito de crescimento e relativa resistência das folhagens. Tudo isso a torna uma boa opção de cultura paralela junto de culturas anuais.

Na Região do Cerrado, por exemplo, estima-se que em torno de 80% das áreas com mandioca são cultivadas por pequenos produtores. Nessas condições, onde a força de trabalho, basicamente, é composta pela mão-de-obra familiar, e as áreas são minifúndios, os cultivos múltiplos revestem-se de maior importância, porque otimizam o uso mais intensivo de recursos.

Em algumas temporadas a prática da consorciação tende a ser usada por muitos agricultores com o uso de plantas braquiárias – que diminuem o risco de erosão e protegem a superfície do solo, o que também minimiza a perda dos nutrientes por escorrimento superficial ou lixiviação para camadas mais profundas do solo.

Outras associações
Além dessas, outras culturas, como a aveia e o milho-segunda safra, também são usadas em consorciações. Essas culturas, como são produtoras de palhada, se relacionam bem com várias outras, ainda mais pelas características da cobertura do solo. Em contrapartida, os resíduos vegetais das braquiárias no campo podem permanecer por um tempo maior por ter uma relação carbono/nitrogênio (C/N) mais alta, ou seja, a decomposição desses resíduos pelos microrganismos do solo é mais lenta, mesmo com aumento da temperatura.

Em situações como na atual temporada de frentes frias em vários estados do sul do Brasil, a associação de culturas ganha o papel de reforço extra para as lavouras, uma vez que se torna um complemento estratégico para culturas que precisam superar os desafios das mudanças bruscas de temperaturas.

Outras associações comuns, por exemplo, são a união de milho com o feijão (ou ainda, outra cultura de inverno disponível). Associando duas produções de características distintas, uma complementa os nutrientes que a outra precisa – por exemplo o feijão fornece nitrogênio para o milho, enquanto a outra cultura gera um maior ciclo de nutrientes.

Para garantir o máximo de rendimento nas duas culturas, é indicado, ainda, o uso de fertilização adicional, para um crescimento mais robusto e estável. A Fertybio hoje conta com opções variadas de fertilizantes foliares tanto para a cultura do milho como também para o feijão e vários outros produtos usados na associação.

Importante destacar que, as pragas e ameaças que em geral prejudicam uma das culturas, devem ser diferentes das que podem prejudicar a outra, logo, essa diversidade favorece uma menor chance de danos por patógenos a essas duas culturas.

A consorciação de culturas eventualmente gera algumas tendências no campo, por exemplo, recentemente, segundo alguns estudos por exemplo a associação de produções de café com braquiárias tem se popularizado, tanto pela produtividade gerada, como também pelo auxílio indireto na conservação do solo. O plantio paralelo em culturas como o milho e cana de açúcar também é uma prática difundida entre produtores na região do centro-oeste (cerrado). Há algum tempo, a  Embrapa realizou um estudo que avaliou os benefícios dessa associação para o mercado de cana.

Por fim, o importante é sempre pensar em culturas estratégicas para a sua região e, ainda, avaliar quais associações podem favorecer as suas culturas principais. Para dúvidas e orientações sobre fertilizações adequadas para beneficiar ainda mais os seus resultados, entre em contato conosco! 

(Com informações Agrolink, G1 Agro, Embrapa e Geoagri)