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Quem pensa a longo prazo têm mais chances de obter sucesso na lavoura, além de garantir uma produção mais sustentável e bem mais rentável. Se você não sabe sobre o que estamos falando, é do plantio rotacionado, que é um dos requisitos básicos para a eficiência do Sistema de Plantio Direto (SPD). 

A prática agrícola consiste em alternar – de forma planejada – as culturas cultivadas em uma determinada área, durante um ciclo e na mesma estação do ano. Pesquisas demonstram que a qualidade do solo, assim como a sanidade das plantas é elevada com esse método, resultando no aumento da produção da lavoura e ainda reduzindo os gastos com o uso de insumos, já que são utilizados de forma racionalizada. 

Essa prática ainda auxilia na estabilidade das culturas, frente às variações climáticas. Aumentando a produção de coberturas e diversificando o escalonamento da época de semeadura. Além de proporcionar ganhos em questões de sustentabilidade no campo, a rotação de culturas gera a diversificação da fonte de renda do produtor, diminuindo os riscos inerentes ao clima e ao mercado agrícola. 

Desse modo é um investimento a médio e longo prazo, mas com retorno garantido. É importante observar também que, a utilização da rotação de culturas e do SPD não são tarefas fáceis de se cumprir, exigindo capacitação profissional, maquinário e equipamentos modernos. Mas é uma das tecnologias com maior efetividade em relação ao desenvolvimento ágil da produção agrícola brasileira. 

O que acontece sem a rotação?

Se o Sistema de Plantio Direto for adotado, mas a rotação não, provavelmente ocorrerão problemas de ordem biológica, química e física no solo. Comprometendo a estabilidade da lavoura e ocasionando erosões, redução da matéria orgânica no solo e da sanidade da plantação. Tudo isso só pode levar aos aumentos nos custos de produção e à diminuição nos rendimentos do plantio.  

O que mais acontece com a rotação?

Ciclagem de nutrientes, fixação biológica de nitrogênio (N) e estabilidade no sistema radicular, o que reduz a compactação do solo. Também propicia maior retenção hídrica no solo, o que possibilita o aprofundamento das raízes e reduz a possibilidade de estresses em relação à umidade. Além de ser uma maneira eficiente de reduzir os danos ambientais causados pelo sistema adotado na monocultura. 

Com o planejamento adequado, é possível atingir diferentes profundidades com sistemas radiculares distintos, o que faz com que as culturas possam aproveitar melhor os nutrientes armazenados em camadas diferentes do solo. Além disso, as plantas têm diferentes exigências e métodos de absorção de nutrientes, desse modo, o que uma não aproveita acaba servindo para outra cultura. 

A extração dos nutrientes aplicados através de fertilizantes também se altera, o fósforo (P) por exemplo, tem maior absorção no processo de rotação do que no de sucessão de culturas. Isso ocorre principalmente na extração do nutriente pela soja e pelo trigo, em razão da inclusão da cultura do milho nesse sistema. 

Não é rotação

Normalmente confundido com o método de sequência de culturas, o plantio rotacionado não é simplesmente cultivo de culturas diferentes uma atrás da outra. Plantar soja, em seguida algodão e por fim soja novamente não é um modelo de rotação de cultura, é apenas uma sucessão delas, o que reduz a sanidade da lavoura, gerando mais gastos e um rendimento menor.

Como você sabe que está fazendo do jeito certo? 

A produção de fitomassa deve estar em níveis adequados, tanto na parte aérea da planta, quanto nas raízes. O que consequentemente vai aumentar o teor de Matéria Orgânica do Solo (MOS) e formar mais cobertura morta. A sanidade do solo e do plantio deve estar em níveis mais altos que o aceitável na monocultura. 

A área da lavoura deve permanecer o menor tempo possível sem culturas plantadas e, em algum momento, é necessário que sejam incluídas plantas com sistema radicular profundo e produção de fitomassa em níveis mais altos. Fertilizantes, herbicidas e fungicidas devem ser diversificados, buscando evitar que espécies se tornem tolerantes e resistentes. 

Consciência Ambiental  

O Plantio Rotacionado é um dos pilares mais importantes na manutenção da diversidade da flora, da fauna e do ecossistema de forma geral. Também é um modelo sustentável de produção de alimentos, porque cria a possibilidade de expansão da produção nas áreas agrícolas já existentes, sem ter que abrir novos espaços em áreas naturais e, além disso, deve ser adotado como uma prática preventiva.  

O modelo adotado nesse manejo agrícola ainda é um potencial mitigador do óxido nitroso (N₂O). Entre os principais gases responsáveis pelo efeito estufa, ele está associado à entrada de nitrogênio (N) no sistema produtivo, pelo uso de fertilizantes nitrogenados, pela mineralização da matéria orgânica do solo e pela decomposição dos resíduos vegetais. Já com a rotação de culturas, a matéria seca das plantas de cobertura proporciona o incremento da matéria orgânica do solo e uma maior cobertura, reduzindo a produção de óxido nitroso (N₂O).

Quais Culturas?

Você pode, por exemplo, cultivar em uma área: 25% de aveia preta e nabo forrageiro, 25% de aveia branca, e as mesmas proporções de milho safrinha e trigo. No verão o cultivo é de 75% de soja e o restante é milho. O mais recomendado é que as culturas rotacionadas sejam de plantas de grupos diferentes, como leguminosas e as gramíneas. 

Critérios econômicos também pesam na avaliação das culturas a serem escolhidas, principalmente quando se diz respeito a cabeça de rotação, que será a cultura a ocupar o maior espaço na lavoura, além de gerar o maior rendimento bruto. No Brasil, a cultura escolhida para ser a cabeça de rotação geralmente é o trigo. Porque sua oferta é baixa no país e os preços se elevam constantemente. O processo em si constitui-se pela divisão da área em glebas, que posteriormente serão repartidas com barreiras e cordões vegetais. O planejamento para rotação de culturas deve ser feito para uma média de 3 a 4 safras. 

A FertyBio oferece um portfólio de fertilizantes para diversas culturas agrícolas, oferecendo suporte às necessidades do produtor. Aliados ao Plantio Rotacionado e ao SPD, sua lavoura é muito mais sustentável e rentável. Para saber mais, acompanhe nossas redes sociais Faceboook e Instagram: @fertybio